sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O incontornável mês de Dezembro

Atravessamos agora a época que é o epíteto da hipocrisia. É uma época a que se tem de obedecer a uma série de regras e tradições que a mim me agoniam. (Muito fritos e gordura, sabem...) Todos os anos as mesmas frases, a mesma ladainha e as mesmas desculpas esfarrapadas. Passarei a citar algumas, que de certo, são comuns a muita gente. Na véspera de natal, ao longo do dia recebemos aquelas mensagens que não têm qualquer valor (a não ser para as operadoras móveis) que foram escritas por um "ser iluminado" e que nos são reencaminhadas vezes sem conta. Algumas supostamente de carácter humorístico, outras que são escritas com notória intenção de comover porque falam de paz e de amor, de Jesus e do pai natal, de esperança e desejos para o futuro. Blá blá blá... Recebi mensagens de gente que nem sei quem são. Devem ligar-me tanta importância ao longo do ano que nem as tenho na minha lista telefónica, tantas são as vezes que me telefonam, mas nesta época lá estão "eles" a entupirem-me a minha pequena caixa de mensagens. A troco do quê, por amor do pai natal? Não deve ser à espera que lhes deixe um presente no sapatinho, com certeza, porque nem sei quem são... Depois chega a tão esperada meia-noite do dia 24 de Dezembro. Lá vêm as : "é pouquinho mas é de boa vontade", "não é muito mas é de coração" e a minha preferida "é só uma lembrancinha..." ora, para esta última eu tenho uma pergunta que é, porque é que não se lembraram de mim ao longo do ano?? Poupava-vos a vergonha e os "rios" de dinheiro que gastaram em todas as lembrancinhas para as pessoas de quem não se lembraram nos outros 364 dias do ano. Frases como "este ano não dou nada a ninguém!" ou "este ano não vou fazer nada no Natal" são proferidas todos os anos e nunca são cumpridas. Todos querem ter a mesa de Natal mais bonita, a árvore mais recheada e oferecer a prenda com o "embrulho" maior. Torna-se numa disputa acirrada que tem como ponto de partida estas frases tão vazias de significado, como tudo o que envolve o Natal.
Embirro, mas Embirro (com E maiúsculo) com aqueles familiares de quem não se sabe o paradeiro ao longo do ano, mas que chega a véspera de Natal nos abraçam muito comovidos (pelo William Lawson's) e nos dizem "temos que marcar um almoço lá em casa" que também pode se revestir da interrogação "quando é que vão lá a casa? ". Para esses deveria responder, "liga-me lá para Julho para marcarmos isso!" É o ligas!! Não me vão ver em Julho, em Julho não é um mês comovente em que se trocam presentes, para quê ligar? No entanto, e era a este ponto que queria chegar, não posso deixar de me comover com os enfeites das ruas, as músicas de Natal ( e isto é a sério) e o desejo de "Boas Festas" completamente "desinteressados" dos vendedoras das lojas a que vou e que me atendem muito rabugentas durante o ano, e que têm em comum entre elas uma coisa curiosa, uma caixinha com votos de boas festas dos empregados da loja, com uma ranhura em cima! (Isto já é a brincar.)
Será que sempre foi assim e eu é que nunca reparei pelo simples facto de só ter começado a crescer agora, ou as coisas pioraram muito?

sábado, 13 de dezembro de 2008

Buá Buá Buá

Estou desolada. Absolutamente inconformada. Não quis acreditar!! Quando ouvi o Ricardo Araújo Pereira a anunciar que o programa "Zé Carlos" estava a chegar ao fim da primeira temporada, fiquei absolutamente destroçada. Tratei logo de garantir o meu lugar nos dois últimos programas. O penúltimo, já foi. Conduzido pelo Zé Diogo, que sempre diverte com as suas trapalhadas linguísticas. Nada do que eu disser é novidade, pois o programa já passou no domingo e é para isso que serve o youtube. Amanhã, lá irei eu, com o lençol atrás para limpar as lágrimas... (Extremamente dramática, eu sei...)

Sou altamente suspeita, mas hoje em dia, são as únicas quatro pessoas que aparecem na minha televisão porque eu quero (sim, porque as outras invadem) e porque me fazem rir. Quem também me faz rir, mas pelo motivo oposto, é o Daniel Nascimento, mas este espaço é importante demais para que se fale dele. De tristezas e desgraças já todos nós andamos cheios. (Mas talvez um dia perca dois ou três minutos do meu tempo para desancar esse...coiso.)

Estou altamente expectante com o programa deste domingo, cuja gravação será amanhã. Quem conduzirá o programa será o Tiago, o número dois. ;) Em primeiro lugar ainda e sempre Ricardo de Araújo Pereira, o Grande! (E digam lá que já não sabem qual é o melhor caminho para Tábua?)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

De Matar!!


Há já algum tempo que não escrevo nada. Não porque não se passe nada à minha volta, mas porque não tenho tido tempo. Tenho muitos trabalhos da Faculdade pendentes. Mas uma coisa não tem a ver com a outra. Nem sei porque disse isto!

Bem, para (re)começar quero falar dum assunto que me atormenta imenso e que, como estudante de Letras, me deixa com os nervos à flor da pele. Não que não cometa erros na colocação de uma vírgula ou outra, numa letra ou noutra em uma ou outra palavra. Mas é assim, meus amigos, ver um outdoor com um anúncio a uma bebida, com um tamanho considerável, num sítio onde toda a gente passa, que devia ter sido visto e revisto antes de ser impresso e exposto, com um erro ortográfico absolutamente sofrível, daqueles que chega a doer, para mim é um crime inafiançável. Como é que podemos pedir aos brasileiros que falem bem (eu pelo menos peço), se nós próprios, cidadãos da pátria da sua Língua-Mãe, não sabemos sequer dar um bom exemplo?
Acham que estou a exagerar?? Pois aqui está a prova! Não resisti e de uma maneira completamente descarada tirei uma foto.

Alguém diga a estes senhores publicitários que "Desfrute" é com "E".

Espero que pelo menos tenham tido a decência de retirar tamanha atrocidade da vista de quem frequenta a estação de metro dos restauradores.